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Flexibilidade Psicológica

Foto do escritor: Leticia CapurucoLeticia Capuruco


Ser flexível psicologicamente é ser capaz de se manter consciente e atento ao momento presente e, a partir dessa consciência e conexão ao que se passa na vida aqui e agora, alterar ou manter os próprios comportamentos da forma que melhor sirva à concretização dos próprios valores pessoais. A flexibilidade psicológica, nesse contexto, é compreendida a partir de seis processos principais: a aceitação, a desfusão cognitiva, o contato com o momento atual, os valores pessoais, o comprometimento com a ação e a experiência do self como contexto.

Esses são, portanto, os seis pilares que compõem o Hexágono da Flexibilidade Psicológica:


Contato com o momento atual:

Essa proposta de contato com o momento atual está intimamente relacionada com o conceito de mindfulness (atenção plena). A proposta dessa técnica de atenção plena, é justamente fazer com que paciente se conecte com aquilo que ele está fazendo, tornando-o psicologicamente presente.


Desfusão:

A prática da desfusão cognitiva diz respeito à maneira a qual nos relacionamos com nossos pensamentos e experiências. Consiste em dar um passo para trás e separar os pensamentos das imagens e memórias. Praticar a desfusão cognitiva implica olhar nossos próprios pensamentos tal como eles são, ou seja, sendo apenas pensamentos – sem categorizá-los como falsos ou verdadeiros, bons ou ruins.


Aceitação:

Nesse processo, o paciente aprende a permanecer em contato com seus sentimentos indesejados sem fugir deles, sem tentar alterá-los diretamente, enquanto emitem comportamentos adequados, públicos, que levarão os indivíduos aos seus objetivos.

Aceitar é não lutar contra pensamentos e emoções que consideramos negativas ou indesejadas – trata-se de um novo modo de ver e viver a vida. A aceitação não é se resignar, mas sim se dispor a viver cada momento com tudo o que ele traz, seja bom ou ruim.

Consideramos que problema não está no sentimento em si o; problema está no tempo em que gastamos para expulsar aquele sentimento que julgamos ser negativo.


O Eu/Self em contexto:

Trata-se da experiência de si mesmo que cada indivíduo tem. É tomar perspectiva sobre como é sua postura e reações diante dos eventos que ocorrem no contexto no qual está inserido. Envolve adotarmos a posição de observadores da nossa própria vida.

A mente possui dois elementos, o ‘’eu’’ que pensa e o ‘’eu’’ que observa. Conhecemos bem o ‘’eu’’ que pensa, que está ligado aos pensamentos, às crenças, memórias, aos julgamentos, às fantasias, aos planos - e conhecemos pouco o eu que observa - que é a atenção, o foco, estar consciente do que estamos pensando e sentindo em um dado momento. Portanto, a consciência do contexto vem dessa alternância entre o ‘’eu’’ em contexto e o ‘’eu’’ observador.


Valores:

Os valores são parte representativa do que desejamos em nossas vidas profundamente, são qualidades desejadas nas ações que estão acontecendo, são a bússola, o norte, através do qual escolhemos o nosso caminho. Ter uma noção clara de quais são nossos valores nos ajuda a compreender o que realmente importa na vida, nos dá um sentido para viver, um propósito, a sensação de que a nossa vida vale ser vivida.


Compromisso com a ação:

A mudança é parte essencial e visa o comprometimento do paciente com a sua ação tomando decisões e agindo baseado nos seus valores. As ações devem ser congruentes com os valores a fim de tornarem a vida rica, plena e com sentido, fazer o que é necessário para viver a vida de acordo com os seus valores, mesmo que em determinados momentos isso possa trazer desconforto inicial.


Uma vez que essa conexão entre os seis pilares está feita, o individuo é capaz de emitir comportamentos e pensamentos mais flexíveis, tornando-o mais funcional.

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©2021 por Leticia Capuruço

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